segunda-feira, 23 de abril de 2012

Desmistificando as Funções Gerenciais!

O imaginário a cerca das posições gerencias ainda encantam, e muito, os estudandes de Administração, mas em minhas breves experiências de Mercado observei que no ambiente acadêmico nutrimos vários mitos ao redor de uma posição gerencial. Aquele respirar estratégico, aquela agenda programada ou aquela decisão racional, pois é, não existem, o que existe é um controlador de incêncios, que ao eliminar um foco, surgem outros e a capacidade de se realizar estudos, planejar e executar projetos ou até mesmo tomar decisões racionais extinguem-se na rotina devastadora das Organizações ( que conheci).
Na academia aprendemos um pouco de filosofia, sociologia, psicologia, etc..., nos aprofundamos um pouco mais em Contabilidade, Finanças, Gestão de Pessoas e outras. E com essa base de conhecimento adquirida na Faculdade de Administração acreditamos que no ambiente das Organizações teríamos que utilizá-las em sua plenitude em nosso dia-a-dia, mas o que o destino nos reserva é o contrário.
Restando pouco mais de um ano para a minha Graduação em Bacharel de Administração, já tive algumas experiências de mercado, algumas como estagiário e outra mais recente como efetivo e nesse pequeno intervalo pude constatar que a realidade dos meus “chefes” é assustadora, são responsabilidades infinitas e de grande importancia, mas com poucos recursos disponíveis para uma tomada de decisão mais racional. Esses gerentes, que conheci é claro, utilizam-se muito mais do conhecimento “erros e acertos” e tácito do que o conhecimento técnico cientifico e o imediatismo é quem dita as regras do jogo, pois tudo que se tem planejado é surpreendido por situações emergenciais adversas, tornando a função gerencial uma arte de pensar e agir em intervalo de tempo cada vez menores.
Minha reflexão sobre a realidade da função gerencial, me fez refletir também sobre a nova dinamica social, que já se encontra consolidada. Ou seja, com a utilização plena dos meios de comunicação disponíveis, o fluxo de informações aumentam em niveis vertiginosos e o que era antes uma necessidade de atualização, hoje torna-se um embate contra as mudanças abruptas que ocorrem de uma hora para outra e isso reflete na vida da sociedade como um todo, positiva e negativamente. Positivamente por tornarem mais acessíveis as informações em todos os níveis da sociedade, negativamente pelo simples fato que dificilmente conseguimos acompanhar tais mudanças e que por muitas vezes por um simples deslize ficamos para trás e o esforço para acompanhar o que foi perdido é gigantesco.
Essa nova dinâmica promove impactos importantes nas organizações e os detentores das funções gerenciais tem cada vez mais a obrigação de acompanhá-las e no melhor dos mundos criá-las. O mercado exige isso, grandes Empresas do passado foram deixadas para trás por não se importarem com essa nova dinâmica, pois nutriam em sua essência aquela ideia de que “ quanto maior for minha empresa, menores são as chances de dar errado”. Hoje temos como provar que essa idéia é furada, mas esse é o tema para o próximo post, e o que fica para nós como aprendizado é que a Função de Gerênciar é para aqueles que tem a capacidade de aprender, pensar e agir com a maior rapidez possível.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Impressões do filme - O Diabo veste Prada!

Recentemente em uma atividade acadêmica tive que expor minhas impressões do filme - O Diabo veste Prada, em uma ótica de Gestão de Pessoas, veja abaixo:

" Impressões do Filme: O Diabo veste Prada.

Valendo-se de um olhar  puramente voltado para a Gestão de Pessoas, esse filme nos apresenta um turbilhão de situações que simulam  muitos objetos de estudos no campo de Recursos Humanos. Situações vividas no dia-a-dia de trabalho levados ao seu extremo para identificar casos importantes a serem analisados.
Num primeiro momento observamos o surgimento de duas necessidades, de uma pessoa que precisa muito de um emprego e de uma Organização que esta à procura da pessoa ideal para ocupar  uma posição estratégica da Empresa. Em seguida observa-se uma etapa  importante no momento da contratação, onde a área de Gestão de Pessoas indica um candidato para a área requisitante e por sua vez realiza a ultima entrevista para definir a possível contratação.
O filme demonstra uma técnica de entrevista, que até onde conheço não se utiliza em organização nenhuma. A candidata ignorou aos alguns pontos cruciais, como não obter informações sobre a organização onde a mesma está pleiteando uma vaga, não se preocupou com a aparência desejada para a ocasião e foi altamente penalizada por isso, quando o entrevistador iniciou observando principalmente essas “deficiências” , utilizando-se de perguntas simples sobre a organização e se dirigindo de forma grosseira à candidata.
Observamos também que apesar de todos os assédios morais e um clima desfavorável, a recém-contratada encara o trabalho como um desafio e se utiliza dos feedbacks do elemento agressor para obter o seu desenvolvimento individual dentro da Organização.
Não se pode deixar de falar dos impactos de um trabalho muito exigente na vida social de qualquer pessoa. Mas não se pode aceitar que para ir bem no trabalho devemos nos abster da vida social, já que o filme prega em muitos momentos esse conceito como verdade absoluta, pois sabemos que para que haja um bom desempenho na vida profissional é necessário que haja também uma vida social equilibrada.
O filme evidencia muito as relações interpessoais dentro da organização e como as escolhas podem influir nos relacionamentos e consequentemente no clima organizacional, é visível no decorrer da comédia dramática uma clara disputa dentro do departamento, onde a personagem sem perceber acaba conquistando algumas “regalias” (através da meritocracia é claro) que a sua colega de trabalho julgava ter direito, provocando um clima desagradável, porém atendendo as necessidades do Gestor, que por sua vez considerava o melhor para a Organização naquele momento.
E ao do final do filme as personagens principais participam de um dialogo, onde o personagem que interpreta o Gestor preconiza a questão das escolhas difíceis para a obtenção do sucesso profissional e generaliza os desejos das pessoas como um todo. Tenta definir de forma superficial o perfil de sua mais nova assistente, sem considerar as variáveis e particularidades de sua interlocutora e sem o mínimo de perícia para fazer tais considerações.  Tendo como resposta uma reação totalmente inesperada de sua, agora, antiga assistente. Pois após esse diálogo, a personagem que interpreta a assistente faz uma auto-avalização e decide seguir novos rumos dentro de sua área de conhecimento."