segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Para reflexão!

"Riqueza não é só dinheiro. É fazer parte de uma população saudável, sem miséria e abandono de seres humanos em situações de extrema degradação. É dispor de um ambiente natural acolhedor, sem poluição, sem a destruição irresponsável e insana de ecossistemas cuja integridade é essencial para nossa própria sobrevivência. É ter trabalho digno, é não ser objeto de preconceitos e viver numa comunidade cujas relações são baseadas no respeito mútuo."
(Marina Silva.)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O executivo e a tecnologia como diferencial competitivo

Você gostaria de ler todos os textos disponíveis na Internet? Segundo dados do blog CreativeCloud, com uma dedicação de 10 minutos em leituras diárias, você levaria mais de 8 milhões de anos. Fica, portanto, fácil de perceber que estamos diante de uma verdadeira avalanche de informações que são, literalmente, impossíveis de serem inteiramente exploradas.

E, tem mais, dados da organização norte-americana International Telework Association and Council apontam que, até 2010, 100 milhões de executivos trabalharão via dispositivos móveis, pelo menos por meio período de sua jornada. Será que os profissionais estão realmente preparados para lidar com os desafios provocados pela quantidade e mobilidade de informação, inclusive na vida pessoal?

Percebemos uma divisão de perfis no mercado. De um lado estão os executivos engolidos pela onda avassaladora de informações e solicitações, e que não conseguem reagir com foco e priorizar corretamente suas respostas a estes estímulos. Por outro lado, há aqueles poucos profissionais que fazem bom uso das ferramentas tecnológicas para aumentar sua própria relevância e produtividade, aumentando seu impacto nos resultados de suas empresas, assumindo controle de suas vidas, e sendo mais efetivos em sua atuação. Qual é o segredo deles?

Engana-se quem imagina que saem na frente apenas os chamados “nativos digitais”. Claro que esta é uma vantagem. Mas definitivamente não é uma garantia. O segredo está em fazer a tecnologia trabalhar a seu favor, utilizando habilidades-chave que fazem ou podem fazer parte de um repertório próprio da cada indivíduo.

Primeiro o executivo precisa perceber que a eficiência profissional está diretamente relacionada à disposição de entender que neste novo contexto o tempo privado e o tempo público se mesclam. O desafio, portanto, é descobrir como o uso da tecnologia deve ser efetivo, tornando-se um diferencial competitivo.

Um profissional pode, por exemplo, durante suas férias, usar o smartphone para se manter informado (e até participar) de algumas decisões importantes da companhia, mas sem deixar que isso interfira excessivamente no seu tempo de descanso. O importante é a sua capacidade de influenciar e decidir, para que isso não ultrapasse o limite extremo de nunca se desconectar.
Claramente, aqueles que investem no desenvolvimento de suas habilidades tecnológicas estão mais próximos de um equilíbrio em sua vida. O conjunto de competências necessárias para quem precisa lidar com as novas tecnologias e dispositivos que evoluem com muita velocidade parece algo intangível. Mas não é. Estas aptidões podem ser compreendidas, identificadas e desenvolvidas. Há caminhos conhecidos para conquistar este equilíbrio.

Estudos da Korn/Ferry International apontam alguns. Com destaque para a necessidade dos executivos desenvolverem algumas poucas competências críticas, como organização e priorização; capacidade de liderança e influência, relacionamento interpessoal, e de comunicação; competências emocionais; habilidades estratégicas; e habilidade no trato com problemas. Destas, as habilidades estratégicas dos executivos, na direção da criatividade e criação do “novo e diferente” na empresa, serão cada vez mais importantes, bem como a tolerância à ambigüidade.

Competências como estas indicam quão afiado o executivo está, e quão apto ele se mostra para lidar com as prioridades e avalanche de demandas, colocando foco, com poder de influência, equilíbrio emocional, visão estratégica e criativa, e coragem para endereçar conflitos e problemas-chave.

O mundo de hoje nos brinda com o avanço da tecnologia a passos cada vez mais rápidos. É preciso aprender a combinar as habilidades (inatas e/ou desenvolvidas) com os instrumentos disponíveis, tecnológicos ou não, rumo aos benefícios proporcionados pela interatividade e a convergência.

*Sérgio F. Averbach é Presidente da Korn/Ferry na América do Sul, e Jairo Okret é Sócio-Diretor Sênior da Korn/Ferry, responsável pela Especialização da Firma em Tecnologia.