domingo, 6 de junho de 2010

O que tem mais valor: inventar, imitar ou inovar?

Você sabia que volta e meia as imitações benfeitas superam as invenções?


A empresa de restaurantes White Castle foi à primeira organizar o segmento de fast foods, mas um tempo depois, a rede MCDonald's copiou a idéia, melhorou o serviço e se transformou em uma das principais multinacionais do mundo. O Diners Club, por exemplo, foi o primeiro a disponibilizar cartões de créditos, mas foi superada pelos "imitadores" do segmento Visa, Mastercard e American Express.


cartões de créditoAté o próprio Ipod da Apple é uma versão melhorada do aparelho Saehan Mpman, que não fez muito sucesso no mercado, mas trouxe o formato de mais capacidade nos MP3 já existentes.


Em todos os setores, nota-se a existência cada vez maior no número de empresas que oferecem serviços ou produtos semelhantes ao consumidor. Nesse aspecto, é evidente que a competitividade entre as organizações está em uma verdadeira crescente, por isso as empresas que procuram e oferecem algum diferencial ao seu cliente aparecem na dianteira de seus concorrentes. Mas o que significa esse diferencial? É inventar algo, aperfeiçoar uma invenção já existente (inovar), ou copiar um produto e fazer pequenos ajustes?


Pontos de vista


Um estudo realizado pelo professor Oded Shenkar, da instituição Fisher College Business nos EUA, sobre o impacto de invenções em modelos de negócios e suas imitações posteriores revelou que as imitações são importantes fontes de avanço para a evolução dos produtos. No estudo foi revelado que 97,8% do valor gerado por invenções vão para os "imitadores".
Oded Shenkar

Oded Shenkar, da instituição

Fisher College Business


Mas o que seriam exatamente essas imitações?


Em entrevista à revista Harvard Business Review, o professor Shekar fala que a boa imitação é aquela que agrega novos valores à invenção. São aquelas pessoas que vêem algo já existente e conseguem transformar aquele produto ou serviço em algo ainda melhor.


"O problema é que muitos imitadores se deixam seduzir pelos elementos visíveis de uma invenção e não copiam aquilo que garante seu sucesso, as 'vigas estruturais'. Às vezes, imaginam equivocadamente que o que deu certo num lugar vai dar certo em outro. Outros ficam tão presos ao original que acabam não fazendo ajustes que tornariam uma inovação melhor.", afirma o pesquisador Oded Shenkar para a revista HBR.
Marcos Morita
Professor Marcos Morita


Marcos Morita, professor de estratégia e marketing da Universidade Mackenzie, comenta que os graus de imitação variam muito conforme os segmentos de mercado estudados. Em alguns como o farmacêutico, a imitação é impossível, haja vista as patentes.


"Vale salientar que há tanto imitações positivas, quanto negativas. As primeiras são aquelas que agregam valor ao produto ou serviço inicial, conforme expectativas dos consumidores. Aqui se enquadram, por exemplo, os produtos japoneses e agora coreanos. Já as segundas (imitações negativas), fazem cópias puras e simples, sem que nenhum valor seja agregado, além do preço baixo", declara o professor Morita.
Felipe Scherer
Felipe Scherer, autor do livro Gestão da Inovação na Prática



Para Felipe Scherer, sócio da Innoscience Consultoria de Gestão da Inovação e autor do livro Gestão da Inovação na Prática, essas imitações como cópias não podem ser consideradas estratégias de sucesso, mas faz uma observação:



"Isso não significa que aqueles que apenas copiam não ganharão dinheiro também, porém o 'filé da rentabilidade' normalmente está associado à possibilidade de ser o diferencial do segmento e, consequentemente, não ter um parâmetro de comparação".


Ele ressalta que às vezes não é necessário ser o pioneiro, mas é necessário sempre buscar inovar em seu segmento. "Ford não inventou o carro, porém desenvolveu uma forma de fabricá-los mais barato. O Cirque de Soleil não inventou o circo, porém conseguiu criar uma combinação de atrações melhor. Empresas como a 3M, Microsoft, Apple, Disney conseguiram manter um histórico contínuo de inovações e sempre agregam valor à sua marca", ressalta Felipe Scherer.


Invenção: E como ficam as patentes?


As patentes são um modo do governo dar ao inventor a propriedade de sua criação. Por um determinado período, os portadores de patentes têm permissão de controlar como suas invenções são usadas, permitindo que obtenham recompensa financeira sobre seu trabalho.


O professor Marcos Morita explica: "o papel das patentes é proteger os investimentos realizados pelas empresas, tais com as indústrias de medicamentos, nas quais este prazo perdura por 20 anos. Mesmo nestes casos, há governos que acabam quebrando este direito em nome do bem comum. Em outras indústrias, patentear um produto ou serviço é tarefa bem mais difícil e onerosa".



Para Morita, o mundo caminha para um sistema de inovações abertas ou "open innovations", nas quais o papel dos consumidores na concepção dos produtos é cada vez maior. "A web 2.0 traz este conceito em sua natureza. Veja o exemplo da Creative Commons, organismo internacional que regula a questão da propriedade intelectual, criando diversas modalidades conforme o uso e autor. Outro exemplo inimaginável foi a FIAT através do projeto MIO – (meu carro em italiano), no qual mais de 3000 projetos foram recebidos".



O consultor Felipe Scherer é absolutamente a favor das patentes e diz que, dessa forma, incentiva-se o mercado de invenções. "Sempre haverá risco e incerteza quando as empresas estiverem desenvolvendo coisas novas, portanto parte da recompensa advém dessa possibilidade de haver a proteção pelas patentes. Por que uma empresa iria gastar milhões de dólares em pesquisas para desenvolver determinada vacina ou medicamento se esse investimento não pudesse ser recuperado e o prêmio pelo pioneirismo recebido? É claro que as patentes funcionam bem em alguns setores enquanto que em outros, o melhor mesmo é continuar inovando.", conclui o consultor.

O que tem mais valor: inventar, imitar ou inovar?

domingo, 18 de abril de 2010

Jovens lucram com “delivery de pré-balada”

Antes de sair para a “balada”, os grupos de amigos se reúnem para conversar sobre tudo o que não vão falar depois, em meio ao barulho das festas. Em geral, estas reuniões vêm acompanhadas de salgadinhos e bebidas (afinal, dentro das casas noturnas, tudo é mais caro). As sessões de “esquenta”, como são chamados esses encontros, viraram um grande negócio na visão de dois jovens empreendedores de São Paulo.

Thiago Apolinário, de 23 anos, e Marco Fenili, de 22, montaram a SOS Esquenta, uma empresa que entrega em domicílio e em horários inusitados tudo o que é imprescindível para uma pré-balada. No cardápio são cinco tipos de cerveja, destilados, água, refrigerante, petiscos, salgadinhos, gelo e carvão. Até preservativo, cigarro e isqueiro fazem parte do “menu” de entregas. Os preços são bastante convidativos. Uma lata de cerveja custa entre R$ 1,80 e R$ 2,10 – enquanto, na balada, pode chegar a R$ 5 a unidade. O produto mais caro é a garrafa de Black Label, que custa R$ 124,90. Para as entregas abaixo de R$ 50, a dupla cobra um taxa de R$ 5. “Nós fazíamos estes encontros em casa. Sempre acabava alguma coisa e ninguém queria sair para comprar. Foi assim que tive a ideia e logo chamei o Thiago para ajudar”, diz Fenili. Do dia em que nasceu o projeto até partir para a prática, foram cinco meses.
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+ Os empreendedores que fazem diferente

Os dois amigos se dividem entre o emprego em uma emissora de televisão e a SOS Esquenta, que funciona às quintas e sextas-feiras à noite e vai até altas horas, e de sábado e domingo, quando atendem também durante a tarde. “Trabalhamos em nosso ‘outro emprego’ entre 9h e 18h. Nos dias em que a empresa funciona, saímos do trabalho e vamos direto para lá. Costumo dizer que estamos aprendendo a não dormir”, diz o sócio Apolinário. Como em qualquer empreendimento que está iniciando, eles são parte da mão de obra. Além dos dois sócios, a SOS Esquenta conta com um designer, que trabalha a imagem da empresa nas redes sociais (principal canal de divulgação da marca), e motoboys terceirizados.

+ Guru de empreendedores

Por enquanto, a empresa entrega apenas em alguns bairros da cidade de São Paulo, em geral, próximos à sede da empresa no Morumbi. Além da zona sul da capital, a SOS Esquenta também atende uma pequena parte da zona Oeste, como o bairro de Pinheiros, tradicionalmente boêmio. Mas os planos são ambiciosos. Além de querer expandir a entrega pela cidade com uma unidade própria, os sócios já receberam consultas de interessados em montar franquia em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e na cidade de Campinas, interior de São Paulo. O interesse não é à toa. Com pouco mais de um mês de operação, os sócios afirmam que costumam receber uma média de 15 pedidos por noite e lucram cinco vezes mais do que esperavam faturar inicialmente.

Divulgação

Além de não informar o quanto a empresa fatura, os jovens empreendedores não revelam o valor do investimento para montar a empresa, mas dão uma ideia. “Meu sonho era comprar uma Harley-Davidson. A moto se transformou na empresa”, diz Fenili. Para ajudar a fazer as contas, vale dizer que o modelo zero quilometro mais barato desta marca custa R$ 27.900.

Mais que o capital inicial, os amigos investiram tempo. Nem os produtos, nem os horários de funcionamento da empresa, foram decididos ao acaso. Os empreendedores, que ainda estão se acostumando com este novo ‘título’, passaram um mês na porta de faculdades fazendo pesquisa com o público-alvo. Eles visitaram cinco universidades nas regiões em que eles atuariam e identificaram o perfil de seus consumidores em potencial. Hoje, atendem principalmente pessoas de 18 a 35 anos, das classes A e B. A maior parte, homens.

O trabalho rende histórias interessantes e, é claro, boas risadas. “Já aconteceu de nos ligarem depois de já terem bebido um pouco e a pessoa não conseguir fazer o pedido. Quando isto acontece, eu tento chutar o nome do que o cliente quer e ele só responde sim ou não”, conta Apolinário. No site da empresa, há um bom sinalizador dos resultados da empresa. Um mural mostra fotos de clientes satisfeitos após receberem suas bebidas.

Com base no volume de entregas, a dupla é unânime ao dizer que o bairro mais “baladeiro” de São Paulo é Moema. A região da Avenida Paulista, acredite, fica em segundo lugar.

A infraestrutura de Brasil e África do Sul para a Copa do Mundo

A infraestrutura de Brasil e África do Sul para a Copa do Mundo

domingo, 11 de abril de 2010

Empreendorismo com sotaque Geração Y

RICARDO NEVES » Blog Archive » Empreendorismo com sotaque Geração Y
Esse é um tema que me dá muito prazer pelo potencial de mudança que esse segmento etário representa. Diferentemente de muitos dos indivíduos da Geração de Baby-boomers – que lamentavelmente já se consideram na beirada da aposentadoria – a Rapaziada Y começa a perceber que a Grande Transformação, não só da produção como também do consumo e mesmo dos estilos de vida, é tarefa primordialmente sua, mais do que de qualquer outro grupo geracional. Eles podem liderar uma grande página da aventura humana.

O pessoal do Sebrae, que muito me honra com suas solicitações de serviços consultivos e palestras, me desafiou a tratar desse tema para o Desafio Sebrae 2010 tomando como referência meu livro Novo Mundo Digital, que está já disponível também em formato e-book. Assim é que hoje realizei uma palestra hoje em Belém. Outras devem vir por aí. Com muito gosto, pois entendo estar cultivando relações com meus futuros clientes de serviços consultivos

domingo, 28 de março de 2010

Contratados pelo Q.I., Demitidos pelo Q.E.

Contratados pelo Q.I., Demitidos pelo Q.E.

Contratados pelo Q.I., Demitidos pelo Q.E.
No universo corporativo, bem como nos demais segmentos da nossa vida, terão sucesso aqueles que dedicados ao seu aperfeiçoamento pessoal, com boa dose de resiliência e determinação, se adaptarem ao meio e àqueles com quem convivem
Por Waleska Farias*
Shutterstock

Até pouco tempo atrás, as considerações a respeito do Q.I. (quociente intelectual) das pessoas nos levou a crença de que o sucesso de nossas conquistas estava prioritariamente ligado à nossa qualificação acadêmica. Eram vistos como gênio e fadados ao sucesso aqueles que gabaritavam testes e tinham agilidade de raciocínio.

Diante dessa afirmação, por muito tempo admitimos que esse fosse o grande propósito da vida: promover a capacitação técnica, pois os mais inteligentes tornar-se-iam os principais agentes de mudança no universo corporativo. Mesmo na atualidade, quando das entrevistas de emprego, ainda é comum que aspectos como conhecimento técnico e experiência na função sejam os principais requisitos no processos de contratação profissional.

Com o passar do tempo, estudos a respeito da excelência humana, comprovaram que as pessoas com Q.I. excepcional não eram, obrigatoriamente, bem-sucedidas profissionalmente. Enquanto outras com QI Moderado, mas dotadas de determinadas competências emocionais sobressaíam-se em suas carreiras. Aspectos como empatia, autogestão, proatividade e flexibilidade passaram a pautar a condição de bem-sucedido no mercado de trabalho.

São recorrentes as queixas de empresários sobre seus colaboradores, dada a dificuldade de se relacionarem em equipe. Ouve-se muito a respeito de centralização, reatividade a críticas e postura defensiva nas empresas.

Na prática, constata-se que as empresas, cada vez mais, tentam munir-se de recursos que possibilitem antever características relacionadas ao perfil sociopsicológico de seus colaboradores e evitar contratações indevidas. Inclusive, um dos papéis do RH é buscar suporte através dos testes de aferição de perfil, que traga luz às questões referentes ao padrão comportamental e temperamento de seus futuros colaboradores.

É sabido que a contratação de um profissional desprovido de ética, respeito mútuo e disposição para atuar em conjunto pode comprometer o clima no ambiente de trabalho e provocar sérios problemas à equipe e por consequência à empresa. E não é comum ver um candidato fazer mea culpa na entrevista e confessar que não gosta de trabalhar em equipe, não digere bem críticas e muito menos alguma repreensão sobre sua conduta na empresa.

Dada a dificuldade de manter um convívio saudável nos ambientes de trabalho, são cada vez mais recorrentes casos sobre assédio moral e justa causa nas empresas, decorrentes de problemas de ordem emocional. Portanto é essencial aprender a controlar a ansiedade e impulsividade. O fato de trabalharmos expostos e sob pressão, além de muitas vezes termos de interagir com pessoas, aparentemente, tão diferentes de nós, ao longo do tempo, propicia uma animosidade por vezes desconhecidas até mesmo de nós próprios.

Independente de termos ou não razão, somos avaliados o tempo inteiro pela ótica de outras pessoas, que nem sempre comungam das nossas ideias e opiniões. Nos ajuda ter consciência de que, assim como nós, os outros também têm suas limitações, e antes de assumirmos uma postura expressa de oposição àqueles com quem trabalhamos, é preferível, em alguns casos, procurar uma oportunidade de trabalho em outro local antes de macularmos nossa reputação e credibilidade profissional.

Certo ditado fala que “não somos o que dizemos, mas o que fazemos”. Fato esse que nos leva a refletir sobre como nossas atitudes influenciam na formação da nossa imagem, pois somos constantemente avaliados por nossas ações e reações e através delas é que as pessoas formam e expressam opiniões a nosso respeito.
Vale ressaltar que o conhecimento técnico e especializado será sempre de fundamental importância, pois é o recurso que nos torna capazes de desempenhar as funções pelas quais somos responsáveis. Mas o desenvolvimento das competências emocionais, no longo prazo, é o que permitirá a nossa sustentabilidade pessoal e excelência das nossas relações de trabalho.

Nesse contexto a única forma de nos permite conquistar a confiança de nossos colegas e chefias e certa estabilidade na empresa e pensar duas vezes antes de agir, tendo conhecimento de que, a despeito de nossas habilidades acadêmicas, são nossas decisões e forma como interagimos nas nossas relações interpessoais que pautarão o sucesso ou fracasso das nossas conquistas profissionais.

Vale ressaltar que o conhecimento técnico e especializado será sempre de fundamental importância, pois é o recurso que nos torna capazes de desempenhar as funções pelas quais somos responsáveis. Mas o desenvolvimento das competências emocionais, no longo prazo, é o que permitirá a nossa sustentabilidade pessoal e excelência das nossas relações de trabalho.

No universo corporativo, bem como nos demais segmentos da nossa vida, terão sucesso aqueles que dedicados ao seu aperfeiçoamento pessoal, com boa dose de resiliência e determinação, se adaptarem ao meio e àqueles com quem convivem. E somente a criação de um diferencial pelo desenvolvimento das habilidades emocionais nos distanciará do estigma de sermos contratados pelo Q.I. e demitidos pelo Q.E. (Inteligência Emocional).

* Waleska Farias é coach e consultora de gestão de carreira e imagem. É especializada em Coaching Integrado - Coaching Executivo, Life Coaching e Quantum Evolution pelo ICI Integrated Coaching Institute - Credenciado pelo ICF International Coach Federation, Treinamento & Desenvolvimento (ABTD), “Leader Trainning” (Instituto Tadashi Kadomoto), Programação Neurolinguistica (INAp)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cultura é solução e problema

Cultura é solução e problema
“O que está havendo com a Toyota? Parte das análises de especialistas insiste numa interpretação “religiosa” – a empresa estaria sendo punida porque pecou. Relutou muito a admitir os problemas que seus carros apresentaram. Especula-se se o pecado é venial ou mortal- será que a Toyota sai dessa se admitir sua culpa e prometer mudar de vida, ou já estará condenada? A revista The Economist sugere interpretação mais refinada: o motivo dos males da Toyota é sua cultura. A mesma cultura que tem encantado estudiosos e especialistas nas últimas décadas; a mesma que a levou ao topo batendo GMs e Fords. Eis a idéia: cultura empresarial é uma propriedade que emerge num grupo que interage há muito tempo, não é algo que se possa embutir num sistema. Ela surge com a cristalização dos processos por meio dos quais a empresa tomou (boas) decisões no passado, e reflete os valores que nortearam a tomada dessas decisões. De tanto fazer o que deu certo, a empresa (qualquer empresa) passa a pensar assim: “esses são os processos certos para planejar, lançar produtos, abordar os segmentos que escolhemos, organizar a venda, dar suporte ao cliente…”. Mas, quando têm de fazer coisas diferentes daquelas para as quais seus processos se cristalizaram, não dá certo. Processos que determinam a competência para fazer uma coisa, ao mesmo tempo definem a incompetência para fazer outra. Empresas, a partir de certa fase de vida, sempre têm problemas quando colocam pessoas competentes nos processos estabelecidos para cuidar de assuntos diferentes daqueles nos quais suas competências se formaram. The Economist diz que a principal questão para a Toyota é seu processo de governança-sua dinâmica interna de tomada de decisão. Ela blinda os executivos de topo dos problemas da operação. É obrigação do pessoal do campo resolver os problemas do campo. Deixar que um problema “suba” níveis hierárquicos é sinal de incompetência e motivo de vergonha. O sistema impede que as más notícias cheguem àqueles que mais têm de saber delas. O fato de não ter processos “não Toyota” para lidar com temas explosivos como os que motivaram os recall de seus carros, expôs uma fraqueza da sua cultura -ela impede a tomada de decisões corajosas rapidamente; exatamente o oposto do que o ocorre em suas linhas de produção, onde problemas são resolvidos assim que detectados. O board da Toyota é composto por 29 homens (japoneses)-todos insiders guardiões da cultura (só houve um outsider lá, e saiu logo). Práticas de fora não penetram no sistema. Cultura. No Kuwait há mais mulheres nos conselhos das empresas do que no Japão. Empresas japonesas, assustadas com o “caso Toyota”, estão reexaminando suas políticas de terceirização, sua dependência de fornecedores externos e relações com empresas não-japonesas (grande parte dos pedais de acelerador defeituosos, origem dos problemas dos Toyota, foi fornecida por uma empresa americana). Tudo bem, mas talvez devessem estar também dando uma boa olhada para dentro de si mesmas”.

Dinheiro, poder e prestígio (I)

Dinheiro, poder e prestígio (I)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Para reflexão!

"Riqueza não é só dinheiro. É fazer parte de uma população saudável, sem miséria e abandono de seres humanos em situações de extrema degradação. É dispor de um ambiente natural acolhedor, sem poluição, sem a destruição irresponsável e insana de ecossistemas cuja integridade é essencial para nossa própria sobrevivência. É ter trabalho digno, é não ser objeto de preconceitos e viver numa comunidade cujas relações são baseadas no respeito mútuo."
(Marina Silva.)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O executivo e a tecnologia como diferencial competitivo

Você gostaria de ler todos os textos disponíveis na Internet? Segundo dados do blog CreativeCloud, com uma dedicação de 10 minutos em leituras diárias, você levaria mais de 8 milhões de anos. Fica, portanto, fácil de perceber que estamos diante de uma verdadeira avalanche de informações que são, literalmente, impossíveis de serem inteiramente exploradas.

E, tem mais, dados da organização norte-americana International Telework Association and Council apontam que, até 2010, 100 milhões de executivos trabalharão via dispositivos móveis, pelo menos por meio período de sua jornada. Será que os profissionais estão realmente preparados para lidar com os desafios provocados pela quantidade e mobilidade de informação, inclusive na vida pessoal?

Percebemos uma divisão de perfis no mercado. De um lado estão os executivos engolidos pela onda avassaladora de informações e solicitações, e que não conseguem reagir com foco e priorizar corretamente suas respostas a estes estímulos. Por outro lado, há aqueles poucos profissionais que fazem bom uso das ferramentas tecnológicas para aumentar sua própria relevância e produtividade, aumentando seu impacto nos resultados de suas empresas, assumindo controle de suas vidas, e sendo mais efetivos em sua atuação. Qual é o segredo deles?

Engana-se quem imagina que saem na frente apenas os chamados “nativos digitais”. Claro que esta é uma vantagem. Mas definitivamente não é uma garantia. O segredo está em fazer a tecnologia trabalhar a seu favor, utilizando habilidades-chave que fazem ou podem fazer parte de um repertório próprio da cada indivíduo.

Primeiro o executivo precisa perceber que a eficiência profissional está diretamente relacionada à disposição de entender que neste novo contexto o tempo privado e o tempo público se mesclam. O desafio, portanto, é descobrir como o uso da tecnologia deve ser efetivo, tornando-se um diferencial competitivo.

Um profissional pode, por exemplo, durante suas férias, usar o smartphone para se manter informado (e até participar) de algumas decisões importantes da companhia, mas sem deixar que isso interfira excessivamente no seu tempo de descanso. O importante é a sua capacidade de influenciar e decidir, para que isso não ultrapasse o limite extremo de nunca se desconectar.
Claramente, aqueles que investem no desenvolvimento de suas habilidades tecnológicas estão mais próximos de um equilíbrio em sua vida. O conjunto de competências necessárias para quem precisa lidar com as novas tecnologias e dispositivos que evoluem com muita velocidade parece algo intangível. Mas não é. Estas aptidões podem ser compreendidas, identificadas e desenvolvidas. Há caminhos conhecidos para conquistar este equilíbrio.

Estudos da Korn/Ferry International apontam alguns. Com destaque para a necessidade dos executivos desenvolverem algumas poucas competências críticas, como organização e priorização; capacidade de liderança e influência, relacionamento interpessoal, e de comunicação; competências emocionais; habilidades estratégicas; e habilidade no trato com problemas. Destas, as habilidades estratégicas dos executivos, na direção da criatividade e criação do “novo e diferente” na empresa, serão cada vez mais importantes, bem como a tolerância à ambigüidade.

Competências como estas indicam quão afiado o executivo está, e quão apto ele se mostra para lidar com as prioridades e avalanche de demandas, colocando foco, com poder de influência, equilíbrio emocional, visão estratégica e criativa, e coragem para endereçar conflitos e problemas-chave.

O mundo de hoje nos brinda com o avanço da tecnologia a passos cada vez mais rápidos. É preciso aprender a combinar as habilidades (inatas e/ou desenvolvidas) com os instrumentos disponíveis, tecnológicos ou não, rumo aos benefícios proporcionados pela interatividade e a convergência.

*Sérgio F. Averbach é Presidente da Korn/Ferry na América do Sul, e Jairo Okret é Sócio-Diretor Sênior da Korn/Ferry, responsável pela Especialização da Firma em Tecnologia.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Você está preparado para a era do fim dos empregos?

A tecnologia tem o seu lado perverso, apesar de aumentar a produtividade, tira o emprego. Como você vai se posicionar em um mundo em que cada vez mais há menos oportunidades de trabalho? Pense em sua empregabilidade futura.

O problema do desemprego é uma ameaça real em todo o mundo, que se agrava diante do crescimento desordenado da população e se torna um desafio quando enfrentamos crises como a que vivemos no último ano. Apesar dos sinais de recuperação da economia, uma lição ficou na mente dos executivos: fazer mais com menos.

Não tem jeito, os duros prejuízos reportados ao longo das inúmeras crises que passamos deixaram marcas e as empresas estão cada vez mais conscientes de que não podem jogar dinheiro fora. Aquela era de gastos desvairados em momentos de torneiras abertas acabou. Hoje, qualquer investimento que for feito será muito bem avaliado, pensado e dimensionado. E mais do que nunca a questão custo versus retorno certamente ditará as regras de todos os projetos que sairão da gaveta.

As perspectivas para 2010 e os anos que se seguirão são bastante positivas. Mas como já disse, nada será como antes. Haverá emprego como antes? Minha resposta é não. As estatísticas mostram claramente que o modelo do emprego formal, como estamos acostumados a ver da carteira assinada, está acabando. Da mesma forma que assistimos a uma reinvenção das profissões.

Pode parecer um cenário catastrófico, mas as mudanças que vemos hoje terão impactos profundos bem mais cedo do que imaginamos. Quando o economista Jeremy Rifkin, em seu livro "O Fim dos Empregos" previu um futuro sombrio há 16 anos, não só causou grande polêmica, como foi alvo de olhares desconfiados, já que estamos acostumados a ver futurologias caírem por água abaixo. Infelizmente, ele estava certo.

A busca com sofreguidão por redução de custos na produção provocou cortes e mais cortes de postos de trabalho. Por outro lado, esta nova fase, chamada por Rifkin de a terceira revolução industrial, é o resultado do surgimento de novas tecnologias, como o processamento de dados, a robótica, as telecomunicações e as demais tecnologias que aos poucos vão pondo máquinas nas atividades anteriormente realizadas por seres humanos.

O pior de tudo é que as pessoas ainda não se deram conta de que viverão cada vez mais, não encontrarão tantas oportunidades de trabalho porque já não há empregos para todo mundo como antes e terão carreiras mais curtas nas empresas. Esses aspectos já estão afetando suas vidas e é um caminho sem volta.

O mercado de trabalho não consegue absorver os milhares de profissionais que perdem seus empregos todos os dias e quem passou dos 60 enfrenta o dilema de encontrar um lugar ao sol. O que fazer então se dados recentes do IBGE chamam a atenção para o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, que está na casa dos 72 anos? A resposta para este paradoxo - menos emprego, carreiras mais curtas e a longevidade - é planejar a carreira o mais cedo possível e antes que a tragédia do desemprego perene bata à sua porta.

Ter um plano B deixou de ser uma possibilidade para se transformar em necessidade imperiosa. No livro "O Melhor Vem Depois", que escrevi em coautoria com a jornalista Andrea Giardino, retratamos bem essa questão. Impressionante os depoimentos que nos chegam diariamente dos leitores que comprovam esse movimento que acontece no mercado. Tem sido difícil dar conta de tantos pedidos de conselhos de como enfrentar a situação. Casos, às vezes, desesperadores.

Muitos dos profissionais que entrevistamos para ilustrar o livro foram reféns desse cenário e por não terem um plano B, ingenuamente acreditavam que se recolocariam rapidamente. O ex-presidente da GVT, Marcio Kaiser, enfrentou um duro golpe ao se ver um belo dia sem o sobrenome corporativo e descobrir que não havia mais espaço para seu talento. Após meses e meses de tentativas, parece ter encontrado um caminho.

Se tivesse traçado uma meta desde cedo, talvez seu destino tivesse sido outro e não o da vítima do acaso. Cabe a nós dentro dessa sociedade baseada na informação, valorizar nosso conhecimento e transformar as competências adquiridas em algo que nos perpetue como população ativa, mesmo aos 70 anos.

Quer um conselho? Corra e prepare o terreno desde já e comece a traçar seu plano B. A vida não segue roteiros, mas para quem se planeja a rota seguirá seu curso desejado. Pode não ser exatamente do jeito que você idealizou, no entanto, não o deixará refém do destino. Lembre-se que se você não conduzir o barco da sua vida, ele vai fazê-lo por você.

Se você não for o comandante pelo menos seja um passageiro da primeira classe e aproveite a paisagem. Ficar aí ao sabor do destino não dá. Reaja!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sociedade do Conhecimento

Estar conectado é estar inserido na realidade proposta pela nova Sociedade Digital Global, defendida por Ricardo Neves, e a vida do mundo Coorporativo em um futuro próximo dependerá da aceitação e inclusão dos novos Gestores nesta Sociedade da Tecnologia e da Informação.


"Não dominar a Web será comparável a desconhecer o mais simples dos intrumentos. A tecnologia acarretará o aumento do tempo livre, a qualidade de vida trará longevidade. O conceito de trabalho mudará e, com ele, os empregos."
Ricardo Neves



As mudanças drásticas encaradas com bons olhos, e os insith's que nos levam a tirar vantagens desta nova forma de relacionamento que se consolida. É sem dúvida, na minha opnião, o que torna esse livro tão interessante. Digo mais, o autor deste livro tem a capacidade de interpretar o presente e de perceber suas implicações no futuro.

Num verdadeiro tour na história da humanidade, ele nos mostra como idéias inovadoras foram surgindo nos proporcionando uma melhor qualidade de vida e como identificar tendências para o futuro em uma espécie de arqueologia reversa.

Participe desta nova realidade. Ora descrita por Ricardo Neves de a Sociedade Digital Global, ora descrita por Charlene Li e Josh Bernoff como, The Groundswell, que nada mais é a Sociedade Pós-Indústrial prevista por Peter Drucker, a Sociedade do Conhecimento.


José Carlos Santa Brígida - Júnior






Enfim, janeiro chegou!

Enfim, janeiro chegou. O cenário de crise dá lugar ao clima de otimismo e nada melhor do que começar já a trilhar sua carreira para uma arrancada em 2010. Planejar é a palavra-chave. Neste novo ano que se inicia faça diferente, ouse, coloque em prática aquele sonho que ficou guardado na gaveta de se matricular em um curso de atualização, busque melhores oportunidades se onde você está seu talento não é reconhecido.

Amplie sua rede de contatos, se renda às mídias sociais, marque mais almoços e mantenha o networking em dia ou trave novos contatos. Aprenda definitivamente a gerenciar bem o tempo se quiser pôr em prática todos os projetos pessoais e profissionais diante da rotina bastante atribulada.

Seja de fato o CEO (Chief Executive Officer) da sua carreira. Comece o ano de peito aberto, trace objetivos claros, quais atividades pretende desenvolver e a velocidade de ascensão na carreira que deseja. Tome as rédeas da sua vida. Lembre-se que ninguém mais vai mudar seu destino se não você mesmo. Destino, aliás, somos nós que construímos. Se caiu, levante. Nunca é tarde para recomeçar. O caminho pode ser árduo, mas sem perseverança nunca se chegará lá. Acredite mais em você.

Defina também o quanto quer ser reconhecido por seu talento e contribuição a dar. Só a partir daí torna-se possível estabelecer as etapas que vão delinear um plano de carreira. Tenha metas e saiba aonde quer chegar. Persiga de forma obstinada seu plano, sem titubear. Esteja sempre atento às atividades previstas, observe se elas continuam fazendo sentido ao longo do tempo e, acima de tudo, planeje o futuro.

A crise nos serviu de lição ao nos mostrar a necessidade de ser proativo, não esperar as coisas acontecerem e nem ficar à margem do destino. Apesar de o foco ser a regra número um, o profissional também não deve descuidar das oportunidades inesperadas que surgem no caminho. Mesmo seguindo em linha reta, não se pode ignorar o que acontece ao seu redor.

Ter projetos alternativos, um plano B, diante da ameaça de uma possível pane ao longo do percurso também não pode ser esquecido. Hoje, há uma rotatividade grande nas empresas e com o aumento explosivo da população não haverá empregos para todo mundo. Por isso, planeje sua carreira, esteja na vitrine, construa sua marca desde já e tenha um 2010 de sucesso!

O melhor vem depois. O futuro está no presente. Planeje AGORA e tenha uma carreira de SUCESSO.
Tim, Tim!

Regras para uma comunicação eficaz via e-mail

Com o advento da tecnologia o processo de comunicação se transforma numa importante ferramenta gerencial. O que antes era praticado a entrega de relatórios por meio de uma grande papelada ou uma informação era transmitida usando um memorando, hoje essas tarefas são feitas por meio de mensagens eletrônicas (e-mails). Além de apresentar a vantagem de ser mais rápida na entrega, ela também proporciona uma maneira mais cômoda de correções, podendo ser devolvido ao remetente para as devidas ações no mesmo dia.

É claro que os gerentes precisam desenvolver o lado tecnológico de gerenciamento para tornar as suas atividades mais eficazes. Tem que saber lidar com computadores, saber usar editores de textos e construção de planilhas, como também usar a ferramenta internet ao seu favor. A troca de e-mails passa a ser uma tarefa essencial no processo gerencial.
Apesar dos seus inconvenientes e riscos, a maioria de nós reconhece a conveniência, velocidade e facilidade do uso do e-mail. O correio eletrônico, com todas as ferramentas de comunicação, é altamente eficaz quando usado com bom senso. Vejamos algumas regras para que possamos usar uma comunicação eficaz via e-mail:

1. Use o e-mail adequado à sua mensagem – o correio eletrônico não é tão eficaz quanto a comunicação pessoal, se você estiver tentando cultivar relacionamentos, influenciar pessoas ou lidar com assuntos sensíveis. Quanto mais importante a mensagem, mais importante se torna a comunicação face a face. Use o correio eletrônico quando precisar enviar mensagens simples a uma pessoa, a um grupo ou a um publico grande, para fins úteis tais como agendar reuniões, enviar pastas ou fazer acompanhamento de planos de ações, quando quiser manter um registro de algum comunicado. Não use o e-mail quando para assuntos delicados, comunicados complexos, mensagens urgentes ou informações confidenciais.
2. Pense antes de apertar a tecla “enviar “- antes de enviar uma mensagem, pergunte-se o que aconteceria se sua mensagem fosse afixada em um lugar público, enviada a outra pessoa por engano ou encaminhada a alguém pelo destinatário. Se você tiver dúvidas, use um meio de comunicação mais privado. Confira todos os endereços dos destinatários, não encaminhe nenhum e-mail sem antes pedir permissão ao remetente, não encaminhe piadas.
3. Seja profissional – por ser tão rápido e fácil de usar, o correio eletrônico pode levar ao uso exagerado, ao desleixo ou à informalidade inadequada. Para evitar essas tendências, seja sensível quanto à distribuição (envie apenas mensagens pertinentes a não exagere na lista de distribuição), seja conciso (escreva uma linha de assunto curta e enfática), seja claro (use uma linguagem comum), fique atento ao estilo (use gramática, ortografia e pontuação corretas), seja respeitoso (na dúvida, peque pelo excesso de formalidade), seja sensível à cultura (use títulos formais), seja acessível (leia seus e-mails regularmente).
4. Seja organizado – crie pastas para quaisquer e-mails que você queira guardar e delete ou arquive as mensagens assim que terminar de lê-las.
5. Seja cuidadoso – pressuponha que todo e-mail é tão público quanto cartões postais e jamais dê a sua senha a alguém. Não abra anexos de ninguém que você não conheça, porque podem conter vírus.
6. Desenvolva e distribua políticas organizacionais oficiais referentes ao e-mail – seja claro quanto ao uso do e-mail e internet, para quais finalidades pode ou não pode ser usado.
7. Mantenha-se a par das novas tecnologias - softwares são desenvolvidos para gerenciar alguns dos problemas associados ao e-mail, inclusive “fragmentadoras de papel remotas”, tecnologias que evitam que pessoas copiem, imprimam ou encaminhem mensagens.

Então gerente, você precisa saber que a tecnologia da computação está mudando radicalmente a maneira como nos comunicamos no trabalho. O uso do e-mail é cativante por ser fácil, acessível, relativamente econômico, menos intrusivo do que reuniões ou chamadas telefônicas e serve como documento da comunicação organizacional. Como pode haver abuso no seu uso, usuários eficazes do e-mail conhecem suas vantagens e riscos e seguem práticas que aumentam a sua eficácia.
Sucesso!